19.12.16

O Natal

Permaneceram em silêncio, imersos cada um nos seus pensamentos. Decorreram alguns minutos.
— O Natal deixa-a em baixo? — perguntou novamente Erlendur. Era como se tivesse encontrado uma alma gémea.
Ela voltou-se para ele.
— O Natal é para as pessoas felizes.
Erlendur olhou para Ösp e o seu rosto animou-se com um pequeno sorriso irónico.
— Ia dar-se bem com a minha filha — disse ele, pegando no telemóvel.

Arnaldur Indriðason, A Voz, trad. Vasco Gato, Porto Editora