12.7.17

Entrevistas

Tem sido muito educativa esta vida de entrevistas de emprego. Desde a empresa que invadiu o meu whatsapp para me responder a uma candidatura que fiz por e-mail, exigindo que eu tratasse com eles exclusivamente através da aplicação, à funcionária de uma outra empresa que me olhou como se eu fosse um alien (ou estivesse claramente a mentir) quando lhe respondi que não tinha facebook (e não tinha) para submeter a minha candidatura (outra invasão de privacidade nada pequenina, no meu entender retrógrado), ao entrevistador que, numa outra empresa, me disse que "nunca tinha visto um designer com tantas preocupações fiduciárias", porque, imagine-se, eu perguntei quanto pagavam (ao fim de quase uma hora de entrevista, ele não achara importante mencioná-lo), acrescentando de seguida que "geralmente, os designers estão mais preocupados com os vectores e as cores e essas coisas", pois toda a gente sabe que os designers vivem dos castelos que desenham no ar e do prestígio que lhes conferem os arco-íris que projectam no mundo, e nunca precisam de ingerir mais do que as merdas que lhes dizem para sobreviver. Bem dizia a wastedrita: "I'm an artist and I need money like anyone else". Já devia ter comprado o raio da t-shirt.